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17- Definição e exemplo de bem elástico e bem inelástico

     Conjuntamente, há duas leis econômicas que são pilares do livre-mercado: oferta e demanda (procura). Todos os produtos ofertados, sem exceção, obedecem à flutuação dessas leis, cuja inobservância pode ser fatal para os negócios. É importante, pois, que elas sejam aplicadas pelo empresário analisando a sensibilidade de consumo característica de cada produto que pretende ofertar. Essa sensibilidade, por sua vez, é classificada como “elasticidade”. Assim, temos os produtos “Elásticos” e os produtos “Inelásticos”.

 

 Produtos Elásticos: bens com substitutos fáceis. Mais sensíveis à mudança de preço.

     Dadas as condições normais de oferta dos produtos (mantendo-se a qualidade e níveis de quantidade), e ocorrendo uma alteração no preço de vendas, há uma resposta imediata e inversa na demanda/consumo. Ou seja, ao reduzir-se “x%” no preço de venda do produto, aumenta-se “y%” na demanda (faturamento). Inversamente, ao se aumentar “x%” no preço de vendas diminui-se “y%” na demanda. Essa é a característica básica dos produtos “elásticos”: quando os preços se alteram as pessoas tendem a aumentar ou reduzir o consumo.

     Ex1: Alguns produtos elásticos: café, carnes nobres (picanha, filé-mignon, etc), manteiga (que pode ser substituída por margarina), carro, calçados, celular, computador, geladeira, etc.

     Ex2: Com o preço do celular reduzido em “x%” sua demanda aumenta em “y%”. Inversamente, se o preço aumentar “x%” sua demanda diminui em “y%”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Gáficos feitos por Wagner Leal Arienti ( Professor de introduçao à economia- UFSC)

 

 

 

 Produtos“Inelásticos: independe do preço para que ocorra a compra.

      Neste caso, mesmo que se aumentem as quantidades ofertadas e se reduzam os preços, (mantendo-se a qualidade e níveis de quantidade) a resposta na demanda mantém-se praticamente inalterada. Ou seja, dependendo do produto pode-se duplicar a sua oferta, reduzir ou aumentar em “x%” o seu preço de vendas e mesmo assim o aumento ou contração da demanda se alterará em baixos índices, muitas vezes próximo de “0” (zero).

      Ex. de produtos “inelásticos”: Sal de cozinha, remédios, etc. Ou seja, ninguém vai consumir mais sal ou tomar mais remédio só porque os preços foram reduzidos. E nem deixar de comprá-los porque o preço foi aumentado. A baixa inelasticidade está presente também, geralmente, nos produtos de alta necessidade (água, arroz, açúcar, feijão, carne de “segunda”, etc).

 

    Gerenciar a “elasticidade” é fator de atenção e preocupação constante no que tange à produção e comercialização, acompanhando o comportamento do consumidor e alterando o ritmo da oferta & vendas. Um enfoque importante deve ser dedicado à sazonalidade (produtos típicos de verão, inverno, etc.).

     O planilhamento dos custos de produção, impostos diretos e indiretos, e a formação do preço de venda final, deve ser de tal forma a não dar chance aos concorrentes. Por conseguinte, sabedor do ponto ideal entre preço, oferta e demanda, há que se produzir/comercializar de forma a não “encalhar” os produtos ou, contrariamente, ter aumento da demanda e estar com a produção paralisada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gáficos feitos por Wagner Leal Arienti ( Professor de introduçao à economia- UFSC)

 

 

 

11- Função produção e  princípio da produtividade marginal decrescente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Bem, primeiramente, procuraremos responder, o que é a Função de produção, qual a sua utilidade e onde pode ser aplicado.

 A função produção indica qual a quantidade máxima de produto que pode ser produzida dada uma determinada quantidade de factores produtivos e uma determinada tecnologia. Este conceito pode ser aplicado a um produto ou a um serviço, a uma empresa, a um sector de actividade ou mesmo a toda uma economia.

 Algebricamente e de uma forma simplificada, a função produção pode ser apresentada da seguinte forma: Q = Q(L,K), em que Q representa a quantidade de produto produzida e L e K a quantidade de factores produtivos, trabalho e capital respectivamente.

Tratando-se de economia, é crucial levar em conta e distinguir, o curto e longo prazo, sendo assim :

   Curto prazo: no processo produtivo, o curto prazo é aquele período de tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. Ou seja, quando consideramos uma fazenda ou sítio, a terra, por exemplo, não será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). Numa fábrica ou oficina, o capital físico (máquinas, instalações) também será constante, podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas, energia, etc.

    Longo prazo: considera-se aqui um período mais amplo de tempo, no qual todos os fatores são considerados variáveis.

 Terminada a primeira parte da nossa qualificação, voltemos agora a nossa atenção para o princípio da produtividade marginal descrescente, este princípio pode ser conceituado da seguinte forma:  aumentando-se a quantidade de um fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção de início crescerá a taxas crescentes; a seguir, após certa quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a taxas decrescentes, ou seja, continuando o aumento da utilização do favor variável, a produção decrescerá. 
 Um exemplo clássico é o aumento do número de trabalhadores em certa extensão de terra a ser cultivada. Numa primeira fase a produção aumenta, mas logo se chega a um estado de nenhum aumento na produção, devido ao excesso de trabalhadores em relação à extensão da terra que permanece a mesma.

 

 

20 - Conceito de Elasticidade-preço da oferta e sua relação com a variação de receita do produtor

 

      A sensibilidade que a demanda de cada produto tem em relação ao seu preço ou à renda do consumidor é chamada de elasticidade. O conceito de elasticidade é uma informação bastante útil tanto para as empresas se posicionarem quanto aos aumentos/reduções de seus preços, quanto para a administração pública.

 

      A elasticidade-preço da oferta é útil para verificar o quão sensível o fornecimento de um bem apresenta-se diante de uma mudança de preço: quanto maior a elasticidade-preço, os produtores e vendedores mais sensíveis estão às mudanças de preço. Um cenário de elasticidade-preço elevado sugere que quando o preço de um determinado bem sobe, os vendedores irão fornecer uma quantidade bem menor do bem que produzem; quando o preço do mesmo bem cai, os vendedores passarão a ofertar quantidades bastantes superiores do mesmo bem. Se a elasticidade-preço for muito baixa, a situação será exatamente oposta, ou seja, que as mudanças nos preços exercem pouca influência sobre a oferta.

 

          Existem 3 maneiras das variáveis serem apresentadas de acordo com seu comportamento, sendo elas :
 

 

        1 - oferta unitária - a elasticidade-preço da oferta unitária (igual a 1) quando a uma variação de 1% no preço, corresponde a uma variação de 1% na quantidade oferecida.

        2  - oferta rígida - ocorre oferta rígida quando a uma variação de 1% no preço corresponde uma variação inferior a 1% na quantidade oferecida.

        3  - oferta elástica - verifica-se uma situação de oferta elástica quando a uma variação de 1% no preço correspondente a uma variação superior a 1% na quantidade oferecida.

 

 

Simplificando , isso significa que, respectivavemente : 
                      

                 1 -   EPO = 1, ou seja, é unitária

                 2 -   EPO < 1, ou seja, é rígida ou inelástica

                 3 -   EPO > 1, ou seja, é elástica


 

 

 

 

 

 

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